Fato é fato
Muitas vezes consumido
Se de fatos às vezes faço
Talvez seja só um suspiro
Talvez algo consumado
Se faço o que eu fiz
Fiz porque faria
Se não faço o que eu quero
Mora em casa agonia
Faço o fato acontecer
E, de fato, não sei por que fiz
Mas fazer algo de novo
Sempre deixa eu mais feliz

Só uma lembrança pode abalar
As correntes que me prendem nesse chão
Incumbido de uma vida alienada
Em busca de um propósito, uma razão
E é a memória de criança
Que retoma o que há de belo
Na alegria de um olhar
E de um sorriso tão sincero
Queria esquecer de como é ser adulto
E voltar a olhar pra cima inocente
Tentando entender as coisas da vida
E porque tudo é tão diferente
E hoje vivo uma vida fria
Que ás vezes me ilude
Que me ameaça me entregar
A tão sonhada plenitude