FALSIDADE HUMANA
Um sorriso amargo, um abraço falso
Uma face moldada frente a outras vontades
Um suspiro interno que em prantos se esconde
Coberta por frases de meias verdades
Tanto fingimento, tanta falsidade
Devo procurar um amigo, mas que amigo?
Que há de ser realmente sincero comigo
Em meio às ruas desta cidade?
Por César Kopp

Sim... seu corpo vive a contemplar meus anseios
Drenando fruto dessa luxúria que corrompe
Escárnio de todos preconceitos
Libertação da alma , sensação sem nome
Êxtase profano
Elucide-me este pecado
Me exima do mundano
E deixe somente o sagrado
Por: César Henrique Kopp

Noite, irmã da Razão e irmã da Morte,
Quantas vezes tenho eu interrogado
Teu verbo, teu oráculo sagrado,
Confidente e intérprete da Sorte!
Aonde são teus sóis, como coorte
De almas inquietas, que conduz o Fado?
E o homem por que vaga desolado
E em vão busca a certeza, que o conforte?
Mas, na pompa de imenso funeral,
Muda, a noite, sinistra e triunfal,
Passa volvendo as horas vagarosas...
É tudo, em torno a mim, dúvida e luto;
E, perdido num sonho imenso, escuto
O suspiro das cousas tenebrosas...
Antero de Quental

Adeus, meus sonhos, eu pranteio e morro!
Não levo da existência uma saudade!
E tanta vida que meu peito enchia
Morreu na minha triste mocidade!
Misérrimo! Votei meus pobres dias
À sina doida de um amor sem fruto,
E minh'alma na treva agora dorme
Como um olhar que a morte envolve em luto.
Que me resta, meu Deus?
Morra comigo
A estrela de meus cândidos amores,
Já não vejo no meu peito morto
Um punhado sequer de murchas flores!

Eu nasci de uma semente quebrada, eu cresci para me tornar uma erva não
desejada
Quanto mais rápido o tempo me excede, um pouco mais difícil é para me
lembrar....de você.
Segurava uma tocha para você quando um raio me atingiu, mais uma vez, espero
que eu morra pela ultima vez.
Tenho apenas uma coisa mais importante que você, uma pequena luz no
céu toda noite.
Orvalho da manhã no campo onde encontrei você.
Eu estava congelado por um ano, não conseguia suportar.
Tenho um sinal, e não uma cicatriz, no meu ombro, eu não sou o homem
que você me toma por.
Se apaixonou pela fraqueza dentro de mim.
Tentou me forçar o anel e me dominar.
Acredito que você achou o que me obriga, uma pequena versão de mim para te consumir...
Eu daria tudo de mim por você,
te seguiria pelo jardim do e
squecimento.
Se ao menos eu pudesse te contar tudo, as pequenas coisas que você
nunca se atreveria a me perguntar.
Você realmente me conhece? Eu posso ser um Deus.
Mostre-me que se importa e chore.
Como você me vê?... como o único?
Consegue ver meu sangue quando estou sangrando?
Como você pode amar este exílio, e como eu posso te desejar?
Quando minha dor é a minha dor e a sua também...

Pela janela vejo os carros com seus cavalos galopando
Passeando pela floresta de pedra e pelo campo sujo
Deixando seu rastro de poeira cinza
Bebendo água dos rios de gasolina
Que insistem em governar meu mundo
Escrita por:César Henrique Kopp

Um dia....
Mais um dia...
Um dia como todos outros
O que fazer nesta tarde triste e fria
Se não morrer de tédio aos poucos?
Escrita por: César Henrique Kopp

Quero acordar sem essa tristeza
Quero sair e saber para onde vou
Quero ser realmente quem sou
Somente uma garota indefesa
Quero tirar essa sensação ruim
Quero livrar-me dessa dor constante
Quero sentir-me ás vezes importante
E não pensar somente no fim
Quero um objetivo que me motive
Quero um beijo que seja sincero
Quero um amor que seja eterno
E uma felicidade que eu nunca tive
Quero um abraço reconfortante
Quero um susurro ao meu ouvido
Quero correr alguns perigos
E viver a vida por um instante
Quero uma noite de lua cheia
Quero um vinho em um cálice
Quero uma música que não acabe
E conseguir ouvi-la inteira
Quero tantos quereres e nada faço
Quero também uma resposta inteira
Quero que ela diga uma maneira
Pro meu querer ser só passado
Escrita por: César Henrique Kopp

Suas palavras, doces mentiras
Sua promessas soam sem valor
Uma emoção que parecia tão viva
Se tornou apenas ilusão do amor
A verdade que antes eu sentia
Permanecia enquanto você falava
Agora resta só a sombra de um dia
Em que eu acreditava em suas palavras
César Henrique Kopp